25 de Março de 2025
Energia solar chega a 5 milhões de imóveis no Brasil
A chamada geração distribuída (GD) de energia solar atingiu a marca de 5 milhões de imóveis no país. Trata-se da energia gerada pelos próprios consumidores perto do local de consumo, por meio de painéis em telhados e pequenos terrenos: crescimento de 42,86% entre 2024 e 2025.
Minas aparece em primeiro no volume atendido pela geração própria solar, com mais de 900 mil unidades consumidoras (UCs). Na sequência, estão São Paulo, com 756 mil, e Rio Grande do Sul, com cerca de 468 mil.
Residências e comércios
Entre as unidades consumidoras abastecidas pela geração distribuída, residências lideram o uso da tecnologia no país, com 69,2% do total de imóveis, seguidas pelos comércios (18,4%) e propriedades rurais (9,9%).
Entre janeiro e março, período marcado pela onda de calor que elevou o consumo de energia, foram instalados mais de 147 mil sistemas solares pelos consumidores, que passaram a abastecer cerca de 228,7 mil imóveis, em total de 1,6 gigawatt (GW) adicionado, apontou estudo da Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar).

Transição energética
A geração fotovoltaica evitou a emissão de cerca de 66,6 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade, contribuindo para a transição energética no país.
O setor trouxe ao Brasil mais de R$ 251,1 bilhões em novos investimentos e 1,6 milhão de empregos, contribuindo com mais de R$ 78 bilhões em receitas, investidos em saúde, educação e infraestrutura nos municípios.
O número de imóveis abastecidos com geração própria de energia solar mais que dobrou entre 2023 e 2025: em março daquele ano, eram 2,4 milhões de unidades consumidoras acumuladas (UCs); no ano passado, 3,5 milhões; e neste ano, 5 milhões.
A geração de energia solar chegou a 37,4 GW de potência instalada no país. Considerando, também, a capacidade de grandes usinas fotovoltaicas conectadas, de 17,6 GW, a fonte solar alcançou 55 GW no Brasil. Isso representa 22,2% da matriz elétrica brasileira (250 GW), o que lhe confere a posição de segunda maior fonte do país, atrás da hidrelétrica (44,6%) e à frente da eólica (13,4%).